domingo, 22 de julho de 2018

Bronquiolite...no 6º Mês do Gui

Bronquiolite, uma doença comum em bebês lactentes… O texto que se segue, é uma transcrição autorizada, no próprio "site" há a indicação para que seja repassado...
Bronquiolite é uma inflamação dos brônquios,  porção terminal das vias aéreas inferiores. Durante a respiração o ar entra pelas narinas, passa pela faringe, laringe, traquéia, brônquios e, finalmente, os bronquíolos, que são a porção final das vias respiratórias inferiores antes dos alvéolos, estrutura onde ocorre a troca do gás oxigênio pelo gás carbônico. Na árvore respiratória, as porções mais afastadas dos brônquios vão ficando cada vez mais finas e, por isso, os bronquíolos são estruturas quase microscópicas, com menos de 1 milímetro de diâmetro. A doença acontece quando existe um processo inflamatório nos bronquíolos, geralmente causado por algum vírus, no qual as paredes da estrutura ficam inchadas e dificultam a respiração. Nesses casos há, frequentemente, o acúmulo de muco dentro dos bronquíolos, impedindo a passagem do ar.
É mais comum em bebês lactentes, especialmente entre os 2 e 6 meses, embora diversas crianças possam tê-la até os 2 anos de idade. Em adultos, existe um tipo de bronquiolite chamada bronquiolite obliterante, que é causada não por um vírus, mas por cicatrizes nessa estrutura.
Tal condição não costuma ser grave, entretanto, existem casos que podem necessitar hospitalização, especialmente em bebês mais novos que 6 meses. Quando tratada, possui um ótimo prognóstico, embora esteja relacionada a complicações respiratórias posteriores.
Tipos de bronquiolite
Bronquiolite vírica
O principal tipo de bronquiolite é o viral, que se dá, na maioria das vezes, em bebês menores de 2 anos. É causada pela presença de vírus no trato respiratório inferior, mais precisamente nos bronquíolos, pequenas passagens que conduzem o ar até os alvéolos, porção final do sistema respiratório.
Bronquiolite obliterante
Trata-se de um tipo de bronquiolite rara e perigosa, que acomete adultos ao invés de bebês. Nesses casos, o bloqueio das vias respiratórias inferiores é causado pela presença de cicatrizes nos bronquíolos, e não por inchaço ou acúmulo de muco. Não é causada apenas por uma infecção viral, mas sim por uma combinação de diversos fatores.
Causas da bronquiolite
A bronquiolite é causada, geralmente, devido à infecções virais no trato respiratório. Devido a capacidade de rápida reprodução dos vírus, essas infecções podem começar no trato respiratório superior e se alastrar para o inferior, que é quando entra em contato com os brônquios e bronquíolos.
A maior parte dos casos de bronquiolite é causada pelo Vírus sincicial respiratório (VSR), vírus presente em abundância no mundo inteiro, responsável por diversos resfriados comuns.
Adenovírus Trata-se de um vírus que acomete as membranas mucosas, responsável por cerca de 10% das infecções respiratórias em crianças. Existem provas de que a bronquiolite pode ser causada, também, por outros vírus comuns, como o rinovírus, metapneumovírus (MVP), influenza, parainfluenza, enterovírus e bocavirus. Além disso, episódios de bronquiolite aguda podem ser causados pela presença de mais de um desses vírus na criança, gerando uma situação clínica mais grave.
Sabe-se que a condição acomete principalmente crianças pequenas por dois motivos:
1. Devido ao sistema imune em desenvolvimento, os vírus podem facilmente provocar um quadro clínico mais grave;
2. O corpo dos bebês é menor e, por isso, a locomoção dos vírus para os bronquíolos é facilitada. Tanto é que, em geral, crianças maiores de 2 anos que são infectadas por vírus no trato respiratório não desenvolvem bronquiolite, e a infecção se limita apenas às vias aéreas superiores.
A presença dos vírus nos bronquíolos causa infecção e inchaço nos mesmos, dificultando a passagem de ar, e o acúmulo de muco nas vias respiratórias agrava a situação. Dessa forma, aparecem sintomas parecidos com os da asma.
Causas da bronquiolite obliterante
 Não se sabe ao certo a causa desse tipo de bronquiolite, porém alguns fatores relacionados à ela são:
· Vapores de agentes químicos como cloro, amônia e água sanitária;
· Infecções respiratórias;
· Reações adversas a medicamentos;
· Inalação de substâncias irritantes, como fumaça de cigarro.
Fatores de risco
Existem alguns fatores de risco para que algumas crianças desenvolvam a bronquiolite, sendo que o principal é a baixa idade. Isso porque, quanto mais nova a criança for, maiores são as chances de desenvolver a doença.
O baixo peso e a falta de amamentação também contam, pois a nutrição adequada é imprescindível para o desenvolvimento do sistema imunológico, já pouco desenvolvido em crianças pequenas.
Outros fatores são:
· Nascimento prematuro;
· Fumo passivo;
· Frequentar outros ambientes que não a própria casa, como uma creche;
· Ter irmãos que frequentam outros espaços e podem trazer o vírus para casa;
· Morar com muitas pessoas;
· Ambientes frios, pois as pessoas costumam fechar portas e janelas, impedindo a circulação de ar, o que ajuda a propagar o vírus.
TransmissãoA transmissão da bronquiolite se dá juntamente com a de resfriados comuns e gripe, pois é causada pelos mesmos vírus. Esses vírus são transmitidos, principalmente, através do contato direto com as mucosas, onde apresentam alta capacidade de reprodução, ou com gotículas de saliva espalhadas pelo ar. Tais microrganismos também conseguem sobreviver longos períodos de tempo em superfícies como roupas, brinquedos, objetos sobre a mesa, lenços de papel e até sobre a pele. O contato com essas superfícies contaminadas pode levar a infecção caso não sejam tomadas as medidas necessárias, como lavar as mãos com frequência, por exemplo. No caso dos bebês, a infecção geralmente acontece quando frequentam alguma creche, convivem direta ou indiretamente com muitas pessoas, compartilham brinquedos com outras crianças, ou quando adultos infectados não tomam os devidos cuidados ao se aproximarem. Isso porque essas condições favorecem o contato com indivíduos ou superfícies contaminadas.
Deve-se lembrar que o VSR é um vírus extremamente comum e que está no mundo inteiro, de modo que todas as crianças chegam a ter contato com o mesmo antes dos 3 anos de idade. Enquanto algumas crianças são afetadas com resfriados simples, outras desenvolvem quadros mais graves que precisam de internação.
A infecção por VSR não torna a criança imune ao vírus, podendo haver novas infecções no futuro. Entretanto, essas reincidências costumam ser mais brandas, especialmente nas crianças mais velhas.
Grupos de risco
Existem bebês que possuem maior risco na contração de bronquiolite. São eles:
· Nascidos prematuros, pois contam com sistema imunológico mais fraco do que bebês com nascimento normal;
· Com problemas cardíacos ou pulmonares, pois problemas nesses sistemas facilitam a contração de doenças; 
· Com deficiência no sistema imunológico, uma vez que a produção de anticorpos pode ser limitada e incapaz de lutar contra o vírus.
Ao constatar um quadro de bronquiolite nessas crianças, a assistência médica é indispensável, pois a probabilidade de um quadro clínico mais grave é alta.
Sintomas da bronquiolite
Os primeiros sintomas da bronquiolite são aqueles comumente relacionados a um resfriado comum: coriza, congestionamento nasal, espirros, tosse e febre de baixa intensidade, nem sempre presente.
Com o decorrer dos dias, a criança pode passar a apresentar:
· Respiração rápida e superficial;
· Intensificação dos sintomas do resfriado;
· Irritabilidade, rabugice e cansaço;
· Diminuição do apetite;
· Dificuldade para adormecer.
Algumas crianças podem, também, apresentar apneia, uma parada respiratória temporária que ocorre mais comumente durante o sono. Isso ocorre, principalmente, em bebês prematuros ou que nasceram abaixo do peso.
Como diferenciar bronquiolite de um resfriado comum?
No começo, pode haver dificuldade em saber do que se trata a condição, pois os sintomas são muito parecidos com os de um resfriado comum. Porém, pode-se ficar atento à intensidade dos sintomas, que tende a ser maior em casos de bronquiolite.
Assim, para sanar a dúvida e receber um diagnóstico correto, deve-se procurar um pediatra quando a criança apresenta os seguintes sinais:
· Abertura exagerada das narinas;
· Grande expansão da caixa torácica a cada respirada;
· Contração dos músculos abdominais para respirar;
· Pele repuxada ou esticada nas seguintes áreas: entre as costelas, acima da clavícula ou abaixo da caixa torácica;
· Chiado ao respirar, geralmente parecido com o som de um apito;
· Tosse que não passa;
· Lábios e unhas azuladas (cianose). 
Diagnóstico da Bronquiolite
O diagnóstico da bronquiolite é, na maioria das vezes, clínico, e pode ser feito por um pediatra ou clínico geral. O procedimento baseia-se nas seguintes condições:
· Idade entre 0 e 2 anos;
· Início agudo dos sintomas do resfriado, como coriza, tosse, espirros, com ou sem a presença de febre;
· Taquipnéia (aceleração da respiração), com ou sem insuficiência respiratória;
· Sinais clínicos de obstruções das vias aéreas inferiores, como sibilos (chiado) e expiração prolongada.
Para pacientes atendidos em hospitais, pode-se realizar uma oximetria, um exame que promove a mensuração dos níveis de oxigênio transportado pelo sangue.
Em alguns casos, também, pode ser requisitado uma radiografia do tórax, quando há dúvida diagnóstica, quando a doença evolui de maneira diferente do padrão ou para pacientes internados na UTI.
Os critérios para o internamento:
· Sinais clínicos de insuficiência respiratória;
· Taxa de oxigênio sangue igual ou menor que 92% (hipoxemia);
· Letargia;
· Incapacidade de ingerir líquidos;
· Paciente de alto risco (abaixo do peso, prematuros, imunodeprimidos, entre outros).
Bronquiolite tem cura? Qual o tratamento?
Felizmente, a bronquiolite tem cura e, na maioria dos casos, resolve-se sem a necessidade de tratamento clínico. Ainda assim, há casos mais graves que precisam de assistência. Confira alguns tratamentos que podem ser indicados para a bronquiolite:
Quando não há sinais de desconforto respiratório, o tratamento pode ser feito em casa, através do controle da febre, repouso e hidratação com a mamadeira ou leite materno. Além disso, em crianças mais velhas, pode-se fracionar as refeições, para evitar a fadiga ao comer.

O médico pode indicar soro fisiológico para desobstrução nasal, uma vez que descongestionantes não devem ser administrados em crianças pequenas.
Tratamento clínico
Em casos mais complicados, a criança pode ser internada a fim de receber cuidados mais específicos no hospital. Alguns desses cuidados são:
· Hidratação: Através de soro pela via intravenosa;
· Oxigenoterapia: Aplicação médica de oxigênio, geralmente pela via inalatória;
· Fisioterapia respiratória: Realização de exercícios respiratórios que ajudam a eliminar secreções. Medicamentos para bronquiolite

Não existem muitos medicamentos que promovem melhora significativa no quadro de bronquiolite. Assim, o tratamento medicamentoso só é feito em casos extremos e é, geralmente, administrado dentro de um hospital. Entenda:
Broncodilatadores

A maioria dos pacientes não se beneficia do tratamento com broncodilatadores, sendo que, apenas em alguns casos, pode ser indicada a administração de epinefrina. Esse tratamento só é mantido quando há melhora significativa passados 30 minutos da primeira dose.

Não há benefícios no uso do brometo de ipratrópio.
Antimicrobianos

Em pacientes portadores de imunodeficiências ou com quadro de bronquiolite muito grave causado pelo VRS, pode ser indicado o uso de ribavirina. Esse medicamento não deve ser usado no tratamento rotineiro de pacientes com bronquiolite.

Para crianças acima de 1 ano infectadas com o vírus influenza, existem duas situações nas quais oseltamivir pode ser indicado:

· Quando o paciente possui alto risco de infecção grave;

· Quando o paciente já está em um quadro clínico grave.

Antibióticos não devem ser usados, a menos que haja comprovação de uma infecção bacteriana.

Outros medicamentos não indicados são os anti histamínicos, descongestionantes e antitussígenos.
Durante algum tempo após a recuperação, o bebê pode continuar com um chiado ao respirar, uma condição chamada sibilância recorrente pós-bronquiolite. Ao perceber a volta desse chiado, deve-se levar a criança ao pediatra pois, muitas vezes, há a necessidade de intervenção médica.
É importante notar que a criança não fica imune após uma bronquiolite, podendo contrair a doença novamente até que tenha crescido o bastante.
Convivendo com bronquiolite
Devido à curta duração da bronquiolite (nos casos mais simples), a convivência com a condição é simples e não requer muito esforço, apenas algumas medidas básicas para melhor higiene e conforto. Compreenda:
· Eleve a cabeceira do berço ou da cama onde o bebê dorme, pois a elevação da cabeça auxilia na respiração quando há congestão nasal;
· A utilização de umidificadores de ar pode ser recomendada pelo pediatra, pois umedecer as vias aéreas facilita na respiração. Entretanto, deve-se seguir sempre as recomendações do fabricante do aparelho e mantê-lo sempre limpo, pois aparelhos sujos servem apenas para espalhar microrganismos no ar;
· Mantenha o bebê longe de agentes que podem dificultar a respiração, como fumaça de cigarro, tinta fresca, madeira ou lenha queimada, pós, entre outros;
· Para bebês menores de 6 meses, o pediatra pode avaliar a possibilidade da administração de algum analgésico para diminuir o desconforto físico do bebê. Já para bebês maiores, o pediatra pode indicar qual o tratamento mais adequado para a criança.
Complicações

Além disso, deve-se evitar que o bebê entre em contato com fumaça de cigarro, pois isso o torna mais suscetível à contração de vírus.

Os pais e adultos responsáveis devem estar sempre de mãos limpas ao entrar em contato com a criança. Lavar as mãos com sabonete (normal ou antibacteriano) evita que vírus e bactérias presentes na pele entrem em contato com o bebê. O álcool gel também é uma medida eficaz.

Pacientes hospitalizados devem ser mantidos em quartos separados de outros, e a equipe médica deve tomar precauções de contato, como o uso de máscara, aventais e luvas descartáveis, além de lavar as mãos vigorosamente após o contato com qualquer paciente.

Pediatras podem indicar o uso profilático de oseltamivir para quem a vacinação é contra indicada. Essa administração deve ser feita de acordo com o que o pediatra indicar, não podendo ser feita sem o acompanhamento médico.


A bronquiolite é uma condição que pode acontecer com qualquer bebê, a qualquer instante, e é importante que a mãe ou os responsáveis estejam atentos aos sinais para que a criança tenha a assistência médica necessária o quanto antes.

Compartilhe esse texto para que mais pessoas compreendam a condição e possam cuidar de seus bebês corretamente. Qualquer dúvida, entre em contato que respondemos!


Referências

http://brasil.babycenter.com/a2900025/bronquiolite-no-beb%C3%AA
http://www.mdsaude.com/2012/12/o-que-bronquiolite.html
http://revistacrescer.globo.com/Bebes/Saude/noticia/2013/02/bronquiolite-o-que-e-como-prevenir-e-como-tratar.html
http://www.aboutkidshealth.ca/En/HealthAZ/Multilingual/PT/Pages/Bronchiolitis.aspx
http://www.fundacaoportuguesadopulmao.org/PREVENIR_DETECTAR_E_TRATAR_A_BRONQUIOLITE.html
http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1341342951Bronquiolite.pdf
https://sbpt.org.br/espaco-saude-respiratoria-oximetria-de-pulso/
http://www.nhs.uk/Conditions/Bronchiolitis/Pages/Complications.aspx
http://www.asbai.org.br/revistas/Vol214/bronq.htm
http://pt.healthline.com/health/bronquiolite
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2471/virus_sincicial_respiratorio.htm



https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-bronquiolite-obliterante-e-viral-sintomas-e-tratamento/


sábado, 30 de junho de 2018

9º Mês de Vida, Gui na 4ª Etapa do Desenvolvimento...Gatinhar




Parabéns Gui!
A notícia de que o Gui começou a gatinhar, suscitou a necessidade de rever as fases do desenvolvimento, como o tempo e a disposição são curtos, foi com agradável surpresa que na busca surgiu a imagem e o post onde estava inserido publicado no Blog feito para o Léo: 


1º- Controlar a cabeça

Os bebês nascem sem conseguir controlar direito os músculos do pescoço e a cabeça. Eles vão desenvolvendo aos poucos essa habilidade tão essencial, ao longo dos seis primeiros meses de vida, e ela será a base para todos os movimentos que virão dali para a frente, como rolar e sentar.Na maioria dos bebês, até os 6 meses os músculos do pescoço ficam fortes o suficiente para sustentar a cabeça.Os músculos do pescoço do bebê são fracos quando ele nasce, portanto ele precisa de você para sustentar a cabeça, pelo menos no primeiro mês. Talvez seja a forma de a natureza garantir grandes períodos de interação cara a cara entre mãe e filho.Quando pegar seu bebê no colo, olhe nos olhos dele. É uma sensação incrível, que vai colaborar para consolidar a ligação entre vocês dois e fazer com que o bebê se sinta seguro e amado.De 1 a 2 meses-ao final do primeiro mês de vida, o bebê consegue erguer um pouquinho a cabeça e olhar para os lados quando deitado de bruços. Por volta de 6 semanas, se for uma criança forte, vai conseguir levantar a cabeça mesmo deitada de barriga para cima. Quando carregada de pé no colo, ela controla a cabeça sem muita firmeza, por períodos curtos. Também tem força suficiente para levantar a cabeça quando está sentada na cadeirinha do carro ou num bebê-conforto, mas ainda não dá para andar num carrinho muito sentado nem naquelas mochilas de levar o bebê nas costas ou na frente conhecidas como canguru. Para essas aventuras, é melhor esperar até que o bebê consiga sustentar a cabeça sem ajuda.De 3 a 4 meses-você vai notar um claro avanço no controle da cabeça nessa fase. A criança consegue erguer a cabeça até o ângulo de 45 graus quando deitada de bruços e mantê-la levantada com firmeza.Uma boa brincadeira que ajuda a desenvolver os músculos do pescoço é fazer "abdominais". Deite o bebê de barriga para cima, segure as mãos dele e o levante devagar até ele sentar. Depois vá voltando até a posição deitada e o levante de novo. Nessa idade, ele deve ser capaz de manter a cabeça alinhada ao resto do corpo enquanto vai subindo. Aos 4 meses, seu filho estará mais preparado para passear no carrinho com o encosto levantado, mas, se você não sentir firmeza na sustentação da cabeça e o chão for esburacado demais, causando muitos solavancos, ainda prefira uma posição mais reclinada.De 5 a 6 meses- aos 6 meses, o bebê consegue manter a cabeça levantada sem dificuldade, e a força para a frente quando brinca de "abdominais" ou de "serra, serra, serrador...".Quando seu bebê passa a controlar bem a cabeça, pode começar a tentar sentar, rolar e gatinhar. O controle da cabeça também é necessário para engolir alimentos sólidos e para usar a maioria dos modelos de cadeirão.Você não terá que fazer muita coisa para incentivar o desenvolvimento do controle da cabeça, mas é preciso tomar cuidado. Em especial nos primeiros meses, você vai precisar sustentar a cabeça e o pescoço do seu filho com a palma da sua mão sempre que o tirar do berço ou o carregar no colo. De vez em quando, ponha o bebê de bruços para brincar. O esforço de levantar a cabeça e o peito para olhar em torno ou para enxergar os brinquedos em volta vai fortalecer os músculos do pescoço dele. Entre 3 e 6 meses, dá para manter o bebê mais erguido, desde que com apoio para a cabeça e o pescoço. Para isso, você pode usar travesseiros na cama, segurar seu filho sentado no seu colo, com a cabeça encostada na sua barriga, usar o bebê conforto ou levantar um pouco o encosto do carrinho. Assegure-se sempre de que o bebê está em um lugar seguro, em que não há perigo de cair. Deixe o seu filho explorar vários ambientes diferentes, para que ele veja o mundo de vários pontos de vista.Se aos 3 meses o bebê parece ter dificuldade para erguer a cabeça, mesmo que só um pouquinho, mencione esse fato ao médico na próxima consulta. Os bebês desenvolvem cada habilidade em ritmos diferentes, algumas mais rápido que outras, e o controle da cabeça não é exceção. Bebês prematuros podem demorar mais que outras crianças da mesma idade a atingir certos marcos do desenvolvimento 
2º-Virar
Depois de conseguir controlar a cabeça e pouco antes (ou ao mesmo tempo) de sentar sem apoio, a maioria dos bebês aprende a se virar: quando deitados de barriga para cima, passam para a posição de bruços, e vice-versa. É um dos primeiros passos para a locomoção, e a conquista costuma ser motivada pelo desejo de alcançar um brinquedo mais distante ou de ficar mais perto de você. Há bebês que conseguem se virar, passando da posição de bruços para a de barriga para cima, já aos 3 meses, mas a maioria precisa de músculos mais fortes no braço e no pescoço, presentes por volta dos 5 ou 6 meses de idade, para conseguir rolar no sentido inverso -- passar de barriga para cima para de bruços. Com cerca de 3 meses, quando colocado de barriga para baixo, o bebê levanta bastante a cabeça e os ombros, usando os braços como apoio. Essa espécie de flexão de braço fortalece os músculos que ele vai usar para se virar. Pode ser que ele surpreenda você (e a ele mesmo!) rolando em um sentido ou em outro. (Embora seja mais comum que os bebês virem primeiro de de bruços para de barriga para cima, o inverso também é absolutamente normal.) Aos 5 meses, seu bebê provavelmente já conseguirá levantar a cabeça bem, colocar peso nos braços, arquear as costas, dar chutes e "nadar", mexendo os bracinhos, quando estiver de bruços. Todos esses movimentos ajudam no desenvolvimento dos músculos para que, aos 6 meses, ele já seja capaz de se virar nas duas direções. Há bebês que nem chegam a se virar -- eles pulam essa etapa e passam direto para a fase de sentar e gatinhar. Já outros usam os rolamentos como meio de transporte. Desde que seu filho continue conquistando novas habilidades e esteja interessado em se movimentar para explorar os arredores, não há com o que se preocupar. Boa parte dos músculos que os bebês usam para se virar está também envolvida no ato de ficar sentado sem apoio e de engatinhar. À medida que o pescoço, as costas, os braços e as pernas do seu filho forem se fortalecendo, nos próximos meses, ele vai conseguir sentar sozinho e se arrastar pela casa. A maioria dos bebês domina a arte de sentar até os 6 ou 7 meses; engatinhar demora um pouco mais.Você pode incentivar a nova habilidade do seu bebê brincando com ele. Se ele tiver se virado sem querer, balance um brinquedinho do lado para onde ele virou para ver se ele repete o feito. Aplauda seu esforço e comemore se ele conseguir; ele vai precisar do seu apoio moral, porque a virada inesperada pode assustá-lo, de início. Conseguir se virar sozinho é um marco que deixa toda a família contente e que decerto vai fazer você se surpreender com o quão rápido seu bebê está crescendo. Para ele também vai ser divertido, mas há o lado perigoso da coisa. Depois dos 3 meses de idade, é melhor sempre manter uma mão sobre o corpo dele nas trocas, e prestar atenção para nunca deixá-lo sozinho numa cama ou em outra superfície elevada. Se seu bebê chegou aos 6 meses de idade sem descobrir como se virar, nem em um sentido nem em outro, e sem dar nenhum sinal de interesse em sair do lugar, mencione a questão na próxima consulta com o pediatra. Os bebês desenvolvem cada habilidade em ritmos diferentes, umas mais rápido que outras -- e alguns não gostam muito de rolar --, mas, se seu filho também não demonstra querer se arrastar ou gatinhar, converse com o médico. Lembre que crianças que nasceram prematuras podem demorar mais que as outras para atingir esses marcos.
3º- Sentar
A maioria das crianças começa a sentar por conta própria mais ou menos ao mesmo tempo em que aprende a rolar de um lado para o outro e a manter a cabeça erguida. Os músculos ligados a essas atividades se desenvolvem gradualmente desde o nascimento, ficando mais fortes entre os 4 e 7 meses. Noventa por cento dos bebês são capazes de se sentar sem apoio por volta dos 8 meses.Como acontece Embora seja possível sentar seu filho com algum apoio praticamente desde o nascimento, ele só vai conseguir fazer isso com facilidade uma vez que tenha controle da cabeça. A partir de 4 meses, geralmente a criança levanta a cabeça quando está de bruços. Depois disso, ela vai descobrir como se erguer com os braços esticados e o peito para cima, imitando uma flexão. Aos 5 meses, alguns bebês quase sentam sem ajuda, mas é bom ter sempre alguém por perto para socorrer as inevitáveis quedas. Não demora e seu filho passa a entender que para manter o equilíbrio ao sentar, ele pode se inclinar um pouco para a frente e apoiar um ou os dois braços. Por volta dos 7 meses, o bebê já não precisa contar tanto com as mãos e aprende a virar quando estiver sentado para pegar algum objeto. Nessa fase é possível que consiga até fazer força com os braços quando estiver de bruços para tentar se sentar. Ao perceber que sentado pode se lançar para a frente e se equilibrar nas mãos e nos joelhos, seu bebê estará quase pronto para engatinhar; isso é algo que a maior parte das crianças consegue fazer bem por volta de 1 ano de idade.Alguns bebês de 6 e 7 meses chegam a se balançar para frente e para trás quando estão de quatro. Uma vez que tenham essa habilidade, eles ficam ágeis e muito curiosos -- portanto, tenha certeza de que sua casa está segura para crianças bem antes disso. Ajude seu bebê a se preparar para sentar ao colocá-lo de bruços no chão e chamar a atenção com alguma coisa para que levante a cabeça. Isso é um ótimo exercício para os músculos do pescoço e para o controle da cabeça. Use um brinquedo colorido ou que faça barulho para verificar que a audição e a visão também estão se desenvolvendo normalmente. Quando o bebê já estiver sentando relativamente bem, coloque brinquedos e outros objetos interessantes perto dele, como colheres e tampas, para que o estimulem a se balançar com os braços.Caso o bebê não sustente a cabeça para cima por volta dos 6 meses e não tenha começado a tentar se apoiar nos braços quando estiver de bruços, converse com seu médico na próxima consulta. Cada criança se desenvolve de um jeito, algumas mais rápido do que outras, mas o controle da cabeça é essencial para que o bebê possa sentar e depois engatinhar, ficar de pé e andar. Lembre-se de que bebês nascidos prematuramente podem demorar um pouco mais que outras crianças para atingir esse e outros marcos.
4º Gatinhar
O ato de gatinhar ajuda a fortalecer os músculos do bebê para que depois seja capaz de andar, e é o primeiro modo de se locomover por conta própria. O jeito tradicional de gatinhar exige que a criança aprenda a se equilibrar apoiando-se nas mãos e nos joelhos, e perceba que pode balançar para frente e para trás. Em seguida, ela vai descobrir como usar os joelhos para avançar ou dar marcha a ré. A maioria dos bebês aprende a gatinhar entre os 6 e os 10 meses. Mas há crianças que nem chegam a gatinhar: preferem rolar, "minhocar" com a barriga no chão, arrastar-se sentadas ou passar direto para ficar de pé com apoio e andar. O que interessa é sair do lugar, não importa como. O bebê normalmente começa a gatinhar depois que já consegue ficar sentado sem apoio com facilidade, coisa que na maior parte dos casos acontece por volta dos 6 ou 7 meses de idade. Nessa etapa, a criança consegue sustentar a cabeça para observar o ambiente à sua volta, e os braços, pernas e músculos das costas são fortes o suficiente para impedir que ela caia no chão quando ficar de quatro. Ao longo dos meses seguintes, seu bebê vai aprendendo aos poucos a passar da posição sentada para a de quatro, e logo percebe que dá para se balançar assim, desde que esteja com os braços esticados e o tronco paralelo ao chão. Em algum momento, em geral perto dos 9 ou 10 meses, ele se dá conta de que se mexer o joelho vai conseguir o impulso necessário para sair do lugar. Conforme vai se aperfeiçoando na técnica, aprende a fazer o caminho contrário e passar da posição de gatinhar para a posição sentada. Também vai dominar a arte de gatinhar com o chamado padrão cruzado: avançar ao mesmo tempo com o braço de um lado e a perna do outro, em vez de usar os dois membros do mesmo lado. Depois disso, é só uma questão de prática -- até 1 ano de idade, a criança costuma ser uma excelente "gatinhadora". Se seu bebê gatinha de marcha a ré, ou pula como um sapinho (apoiado no bumbum e com uma perna para a frente, dando pequenos saltos), parece uma minhoca pela casa ou simplesmente não quer nem saber de gatinhar, só de andar, não esquente a cabeça. Desde que ele esteja se locomovendo, não importa a maneira, não há com o que se preocupar. Depois que seu filho estiver gatinhando bem, só vai faltar mesmo andar para que ele tenha total mobilidade. Para isso, ele vai começar a se segurar em tudo o que conseguir alcançar para ficar de pé, seja a mesinha de centro ou a perna da avó. Quando perceber que consegue se equilibrar sobre os pés, estará pronto para passar de apoio em apoio, circulando pela casa segurando nos móveis, e aí é só uma questão de tempo para ele começar a andar, correr, pular e saltitar por aí. Assim como quando ele estava aprendendo a esticar o braço e segurar as coisas, a melhor maneira de incentivar o ato de engatinhar é colocar brinquedos e outros objetos do desejo -- até você mesmo -- à vista do bebê, mas fora do alcance dele. Também dá para usar coisas como almofadas, caixas e outros objetos para criar caminhos interessantes para o bebê percorrer. O exercício vai ajudá-lo a ficar mais confiante, além de reforçar sua velocidade e sua agilidade. Mas não o deixe brincando sozinho na "corrida de obstáculos" -- se ele ficar preso debaixo de um almofadão, pode se assustar ou se machucar. Um bebê que engatinha já tem um grande potencial de aprontar. Verifique se sua casa está segura para ele, e dedique atenção especial a escadas. Seu filho vai idolatrar escadas, mas é melhor mantê-lo longe delas enquanto ele não tiver dominado completamente a técnica de engatinhar (normalmente por volta dos 12 meses). Mesmo depois disso, as expedições da criança à escada só devem acontecer sob uma supervisão atenta. Você ainda não precisa investir muito em sapatos. Seu filho só vai precisar usar sapatos ou sandálias regularmente quando tiver aprendido a andar. Os bebês desenvolvem cada habilidade em ritmos diferentes, algumas mais rápido que outras, mas, se seu filho chegar a 1 ano de idade sem ter demonstrado nenhum interesse em se locomover (seja se arrastando, gatinhando ou rolando), não tiver descoberto como mexer os braços e as pernas num movimento sincronizado ou não usar os dois braços e as duas pernas da mesma maneira, mencione o fato para seu pediatra. Não esqueça que bebês que nasceram prematuros podem atingir esse e outros marcos do desenvolvimento vários meses depois que as outras crianças da mesma idade. Tornar seguro o ambiente dos bebés que gatinhamAlguns pais preferem ficar descansados e contratar um especialista de segurança infantil a fim de adaptar a casa a um bebé que se movimenta pela casa. Mas os pais também se podem encarregar desta tarefa sozinhos. Como? Baixe-se. Observe a sua casa do ponto de vista do bebé, agachando-se no chão sobre as mãos e os joelhos. Procure perigos suspensos. Coloque os cabos de extensão e outros cabos eléctricos em altura e fora do alcance do bebé, ou simplesmente desligue os aparelhos que raramente utiliza. Instale tampas sobre as tomadas eléctricas ao alcance do bebé. Retire as toalhas de mesa compridas. Retire os objectos móveis. Coloque os objectos frágeis ou pesados em locais elevados durante algum tempo. Instale barreiras. Se existirem escadas ao alcance do bebé, é recomendado vedá-las com barreiras de segurança para crianças. Esconda todos os produtos que constituam perigo de envenenamento ou outros perigos. Estes incluem detergentes, suplementos alimentares, medicamentos, produtos de limpeza, facas e outros objectos afiados. Tranque armários e gavetas. Instale fechos de segurança nos armários e nas gavetas que contêm objectos afiados ou de outra forma perigosos. Evite o afogamento. Se possui uma piscina, certifique-se de que está totalmente inacessível ao bebé. Nunca deixe baldes nem água com detergente ou outros líquidos por arrumar – o bebé poderá colocar a cabeça nos recipientes e não conseguir retirá-la.
5º- Andar
É capaz de andar segurando-se em móveis, possivelmente soltando as mãos por alguns segundo e ficando de pé sozinho. Uma vez que consiga se equilibrar por conta própria, o bebê vai usar outros objetos para se apoiar, vai encontrar formas de escalar móveis e até de subir escadas. Ele dará uns passinhos meio incertos quando você o colocar em posição para andar e, muitas vezes, tentará pegar um brinquedinho. Os primeiros passos de fato rumo à independência -- e ao fim daqueles longos momentos no carrinho -- vão surpreender você a qualquer minuto.Aprender a andar é um dos marcos mais importantes da vida do seu filho, já que é um enorme passo a caminho da independência. Quando ele toma coragem para largar a cadeira ou o sofá que serviam de apoio e avança hesitante para seus braços, não demora muito para que você o veja correndo e pulando por todo lado, cheio de confiança -- e aí ele já não será mais um bebê.Ao longo do primeiro ano de vida, seu bebê vai aos poucos ganhando coordenação motora e força muscular no corpo todo, aprendendo a sentar, virar e gatinhar, para depois conseguir ficar de pé, por volta dos 8 meses. A partir daí é só uma questão de confiança e equilíbrio -- a maioria dos bebês dá os primeiros passos entre os 9 e os 12 meses, e anda bem com 1 ano e 3 meses. Não se preocupe se seu filho demorar um pouco mais; muitas crianças absolutamente normais só vão andar com 1 ano e 4 meses ou 1 ano e 5 meses, ou até mais. Quando o bebê é recém-nascido, se você segurá-lo pelas axilas, ele vai empurrar a superfície com os pés, quase "andando". Mas é apenas um reflexo (reflexo da marcha) -- as pernas dele não têm a força necessária para sustentá-lo --, e desaparece depois dos 2 meses.Aos 5 meses de idade, o bebê consegue pular no seu colo, algo que se tornará uma de suas atividades preferidas nos próximos meses. O ato de pular colabora para o desenvolvimento dos músculos que também estão envolvidos nas novidades que ele vai aprendendo: virar, sentar e gatinhar.Por volta dos 8 meses, a criança começa a tentar se levantar, segurando em alguma coisa. Quando estiver mais confiante, depois de algumas semanas, arrisca "andar" segurando nos móveis -- e talvez solte as mãos e se equilibre sozinha. Uma vez que consiga fazer isso, pode ser que tente dar alguns passos.Com 9 ou 10 meses, seu bebê vai passar a tentar descobrir como dobrar os joelhos e sentar, quando estiver de pé. É mais difícil do que parece.Aos 11 meses, é provável que a criança consiga ficar parada sozinha por alguns momentos, e já saiba se agachar. Pode até andar de mãos dadas com você, mas os primeiros passos de verdade devem demorar mais algumas semanas. A maioria das crianças dá os primeiros passos na ponta dos pés, e com os pés virados para fora.Com 1 ano e 1 mês, três quartos das crianças anda sem ajuda -- embora sem lá muita firmeza. Se seu filho ainda se segura nos móveis, não há nenhum problema. Ele só vai demorar mais um pouco para andar, mas há crianças que só andam mesmo com 1 ano e 5 meses, ou até mais, e são normais.Depois daqueles primeiros passinhos, as crianças começam a dominar as minúcias da técnica de se locomover:Com 1 ano e 2 meses, a criança provavelmente já consegue se levantar e se abaixar sem precisar de apoio. Talvez comece até a tentar andar para trás.Com 1 ano e 3 meses, em média, as crianças andam bem e gostam de puxar ou empurrar brinquedos.Com cerca de 1 ano e 4 meses, seu filho começará a se interessar em subir e descer escadas -- embora vá demorar alguns meses mais para que consiga percorrê-las sozinho.A maioria das crianças de 1 ano e meio é profissional na arte de andar. Muitas conseguem subir degraus sem ajuda (apesar de precisarem de apoio para descer, por alguns meses ainda) e gostam de escalar os móveis. Seu filho pode tentar chutar uma bola, nem sempre com sucesso, e é provável que dance se você tocar música para ele.Depois do segundo aniversário, seu filho terá passos mais uniformes, e já terá dominado o movimento do andar dos adultos -- apoiando primeiro o calcanhar no chão e depois a ponta dos dedos. Nessa idade, também começa a se aperfeiçoar nos pulos.Quando chegar o aniversário de 3 anos do seu filho, os movimentos básicos já serão totalmente naturais para ele. Ele não vai precisar se concentrar para andar, levantar, correr e pular, embora algumas ações, como ficar na ponta dos pés ou de um pé só, ainda exijam certo esforço.Quando o bebê aprender a ficar de pé, talvez ele precise de ajuda para voltar a sentar. Se ele ficar impaciente e chorar pedindo ajuda, não faça o trabalho por ele. Mostre-lhe como dobrar o joelho para conseguir sentar, e incentive-o a tentar sozinho.Você pode estimular seu filho a andar posicionando-se à frente dele e lhe oferecendo suas mãos, para que ele caminhe na sua direção. Também pode usar brinquedos que permitem que a criança empurre e se apóie ao mesmo tempo (observe se o brinquedo é estável o suficiente). Muitos especialistas condenam o uso do andador, porque ele facilita demais o deslocamento e portanto pode prejudicar o desenvolvimento dos músculos superiores das pernas. Além disso, há o risco de o equipamento virar, se houver degraus ou obstáculos no chão. Seu uso exige uma atenção especial, e o aconselhável é limitar o tempo.A criança também não precisa usar sapato logo que começa a andar; ficar descalça a ajuda a manter o equilíbrio e a aperfeiçoar a coordenação. Deixe seu bebê praticar a nova habilidade num ambiente seguro, de preferência onde o chão não seja áspero demais. E não o deixe sozinho, pois ele pode cair ou precisar de ajuda.Há crianças absolutamente normais que só andam depois de 1 ano e 5 meses. O importante é que haja avanços; se seu bebê demorou um pouco mais para aprender a rolar e a engatinhar, é grande a chance de ele precisar de alguns meses a mais para andar. Desde que ele esteja aprendendo coisas novas, não há com o que se preocupar. Cada criança desenvolve habilidades de um jeito, umas mais rápido que as outras, mas, se seu filho parece estar ficando muito para trás, converse com o médico. Lembre que bebês prematuros podem levar mais tempo que outras crianças da mesma idade a atingir esse e outros marcos do desenvolvimento.


domingo, 11 de março de 2018

Sexto Mês do Gui ...Alimentação Diversificada e Batismo


O sexto mês  do Gui teve 2 marcos importantes na sua vida:
1- Quebra no desenvolvimento (não aumentou de peso e nem da estatura), provavelmente porque teve várias mudanças na vida: 
 1- Iniciou a alimentação diversificada
A diversificação alimentar do bebê deve ser iniciada o mais próximo possível dos 6 meses. É nesta altura que o leite materno ou o leite de substituição (fórmula) já não chegam para satisfazer as necessidades nutricionais do bebê e é necessário complementar a sua alimentação com outros alimentos.Contudo, é muito comum que a diversificação alimentar seja iniciada antes dos 6 meses de vida. Isso acontece, entre outros motivos, quando os bebês são alimentados com leite de substituição, quando a mãe tem que regressar ao trabalho ou quando os pais acreditam que o leite já não é suficiente para alimentar o bebê.Alguns sinais são frequentemente apontados como indicativos de que o leite já não é suficiente para alimentar o bebê: 
  • Acorda para mamar durante a noite por  não estar satisfeito após as amadas; 
  • Quer mamar com maior frequência; 
  • Leva objetos à boca. 
Nem sempre estes sinais indicam que precisa de outros alimentos. As necessidades do bebê até por volta dos 6 meses podem ser satisfeitas somente com o leite. Será apenas necessário um período de adaptação para o aumento da produção do leite materno ou ajustar as quantidades de leite de substituição oferecidas. 
A partir dos 4 meses de vida o organismo do bebê já começa a ser capaz de fazer a digestão de outros alimentos que não o leite e de eliminar o excesso de alguns nutrientes que uma alimentação mais diversificada pode conter. Mas é entre os 5 e os 6 meses que o está mais preparado para a diversificação alimentar, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento motor.
Se estiver preparado para a diversificação alimentar, é mais provável que tudo corra bem desde o início. Se não estiver preparado pode, entre outros problemas, rejeitar a alimentação à colher fazendo das refeições momentos de frustração e stress para ambos.
Assim, sempre que possível, o melhor é seguir a regra dos 6 meses e esperar até esta altura para iniciar a diversificação alimentar do bebê.
A diversificação alimentar não deve ser iniciada antes das 17 semanas, nem adiada para além das 26 semanas de vida do bebê
Por volta dos 6 meses, observar os sinais do seu bebé pode ser uma excelente estratégia para definir o momento mais adequado para iniciar a diversificação alimentar
O bebê estará pronto para a diversificação alimentar quando: 
  • Conseguir ficar sentado com apoio, com um bom controlo da cabeça; 
  • Demonstrar interesse pela comida, tentando alcançar, salivando ou abrindo a boca quando vê algum alimento; 
  • Ainda demonstrar fome constantemente, mesmo depois de tentar amamentar com mais frequência ou aumentar as quantidades de leite oferecidas no biberão; 
  • Conseguir retirar os alimentos de uma colher e engoli-los, mesmo que nas primeiras refeições estes alimentos tenham que ter uma consistência mais líquida. 
Pode começar pela papa de cereais com glúten ou o puré de legumes. Cada vez mais tem sido recomendado que a diversificação alimentar se inicie com o puré de legumes, para que o bebê se habitue a paladares que não sejam doces.
Cada alimento novo deve ser oferecido por 4 ou 5 dias, juntamente com alimentos já conhecidos pelo bebê. Espera-se com isso que se habitue ao novo paladar e que seja mais fácil identificar o alimento responsável no caso de alergia ou intolerância.
É também importante optar pelo período do dia para oferecer os novos alimentos. Assim, se o bebê não tolerar bem determinado alimento terá o resto do dia para recuperar e será mais fácil para si perceber os sinais. Portanto, introduza uma a uma as seguintes preparações tendo o cuidado de oferecer apenas um alimento novo de cada vez:
Papa de cereais com glúten (Atualmente recomenda-se que o glúten, uma proteína presente no trigo, cevada, aveia e centeio, seja evitado até aos 6 meses e seja introduzido antes dos 7 meses, de preferência enquanto o bebê ainda se alimenta com o leite materno) 
Puré de frutas cruas ou cozidas (Normalmente, inicia-se com a banana, a maçã e a pera, para depois introduzir as demais frutas). 
Puré de legumes simples (Somente com um pouco de água e um fio de azeite no fim). Normalmente, inicia-se com a batata, a cenoura e a abóbora. Após os dias necessários para adaptação, podem ser acrescentados, um a um, outros vegetais ao puré. Procure fazer a adaptação do puré de legumes de forma a chegar a uma combinação de cerca de 4 ou 5 vegetais de diferentes cores. Por exemplo: batata, abóbora, brócolos e alho francês ou cenoura, curgete, cebola e salsa.É aconselhável que se deixe para depois dos 12 meses o espinafre, o nabo, a nabiça, o aipo, o tomate, a beterraba e a couve roxa. 

Carne e peixe Aos 6 meses recomenda-se a introdução da carne e do peixe na alimentação do bebê. Deve fazer esta introdução o quanto antes pois nesta etapa necessita do ferro presente nas carnes e no peixe. Relativamente às carnes, normalmente inicia-se com as mais magras, como frango, peru e coelho. Após a adaptação às carnes magras, pode passar a usar também as partes mais magras das carnes de vaca, borrego e vitela. Nesta fase, costuma-se evitar a carne de porco.
Quanto aos peixes, é comum que se recomende nesta fase peixes menores como a dourada, o linguado, a faneca, a pescada e a solha. Não dê fígado de peixe, nem peixes grandes de águas profundas como cação, tubarão, espadarte, peixe-espada e atum (atum fresco ou congelado), pois podem conter concentrações elevadas de mercúrio. De uma forma geral, quanto mais antigo e maior for o peixe, maior será o seu conteúdo de mercúrio. O mercúrio é tóxico, principalmente para crianças em pleno desenvolvimento. O salmão, devido ao seu elevado teor de gordura, pode ser difícil de digerir, pelo que se recomenda a sua introdução apenas aos 10 meses.
Após o período de adaptação, organize a alimentação do bebê de forma a oferecer carne em 8 refeições por semana e peixe em 6 refeições por semana.
Iogurte feito com leite adaptado
Muitos médicos optam por deixar para mais tarde a introdução do iogurte feito com leite de vaca e todos os lacticínios. Principalmente se houver história de alergias na família. É comum aconselharem para esta etapa a utilização do iogurte feito com leite adaptado para bebê Infelizmente estes iogurtes contêm açúcar. Assim, o melhor pode ser esperar para oferecer o iogurte natural sem açúcar. Se optar por oferecer iogurte feito com leite adaptado, pode fazê-lo 2 ou 3 vezes por semana, alternando-se com a papa de cereais ou a substituir uma refeição de leite.
Hortícolas e frutas
Quanto aos hortícolas e frutas, pode introduzir a maioria e deixar para mais tarde apenas: o espinafre, o nabo, a nabiça, o aipo, o tomate, a beterraba e a couve roxa. a laranja, a clementina, a toranja, o limão, a lima, a amora, o abacaxi, o ananás, o kiwi, o maracujá e os morangos.
O esquema abaixo pode ajudar a compreender melhor as regras para a introdução de alimentos na diversificação alimentar que se inicia aos 6 meses. Observe que os novos alimentos introduzidos estão em destaque e que o período de adaptação usado foi de 4 dias. Este é somente um exemplo e deve adaptá-lo à vossa realidade e aos conselhos do médico do bebê.
        DIAS                                             REFEIÇÕES À COLHER*
1º ao 4º
Almoço: Puré de batata e cenoura +Puré de maçã 
                     5º ao 8º
Almoço: Papa de cereais com glúten 
Jantar: Puré de batata e cenoura + Puré de maçã 
                     9º ao 12º
Almoço: Puré de batata, cenoura e frango+ Puré de maçã 
Jantar: Papa de cereais com glúten 
                   13º ao 16º
Almoço: Puré de batata, abóbora e frango + Puré de maçã 
Jantar: Papa de cereais com glúten 
                   17º ao 20º
Almoço: Puré de batata, cenoura e frango + Puré de banana 
Jantar: Papa de cereais com glúten 
                   21º ao 24º
Almoço: Puré de batata, abóbora, alface e frango +Puré de maçã 
Jantar: Papa de cereais com glúten 
                   25º ao 28º
Pequeno-almoço/Café da Manhã: Papa de cereais com glúten 
Almoço: Puré de batata, cenoura, alface e peixe + Puré de banana 
Jantar: Puré de batata, abóbora, alface e frango + Puré de maçã 
Assim por diante, até chegar aos 9 meses… 
* Demais refeições de leite materno ou fórmula indicada pelo médico. O leite de vaca não é recomendado nesta fase.
Os hortícolas e frutas da época da produção nacional são mais saborosos e contêm menos pesticidas e outros químicos do que aqueles de estufa ou que têm de viajar longas distâncias para chegar até à sua mesa?Além disso são mais baratos. Prefira o que é nacional!
E a partir dos 9 meses?

  • Continue a oferecer um alimento novo a cada 4 ou 5 dias.
  • Gema de ovo: Após os 9 meses já pode oferecer a gema do ovo ao seu bebé. A gema deve substituir uma refeição de carne. Pode começar por oferecer meia gema, uma vez por semana, durante duas a três semanas. Depois passar a uma gema, uma vez por semana, durante duas ou três semanas. Após este período pode oferecer uma gema, duas ou três vezes por semana. 
  • Massinha, arroz e açorda: É também nesta etapa que pode introduzir a massinha, o arroz e a açorda. Sempre bem cozidos.
  • Hortícolas e frutas: Muitos médicos já aconselham nesta fase o consumo da maioria das frutas e hortícolas
  • Iogurte e queijos: Nesta etapa é possível que o médico aconselhe a oferta de iogurte natural não açucarado e de queijo fresco feito com leite pasteurizado.
  • Leguminosas: Alguns profissionais de saúde aconselham a partir dos 9 a 11 meses o consumo de leguminosas, como o feijão-frade, o feijão branco, o feijão preto e a lentilha. É necessário demolhá-las bem, oferecer pequenas quantidades e amassá-las, para evitar que o bebê se engasgue. No caso de bebê com dieta vegetariana, a introdução das leguminosas poderá ser recomendada mais cedo. 
Portanto, as refeições do bebé poderão ser organizadas assim:
Exemplo de ementa para o bebé dos 9 aos 12 meses de vida: 5 ou 6 refeições:

  • Pequeno-almoço/Café da Manhã: Papa de cereais 
  • Lanche da manhã/Dejejum: Leite materno ou fórmula indicada pelo médico OU Iogurte (esta refeição pode não ser necessária. 
  • Almoço: Puré de legumes com carne ou peixe + Fruta à colher ou com as mãos 
  • Lanche da tarde: Leite materno ou fórmula indicada pelo médico OU Iogurte + Fruta, pão ou bolacha para o bebé comer com as mãos
  • Jantar: Puré de legumes + Segundo prato de arroz ou batata ou batata-doce ou massinha ou açorda simples com carne ou peixe ou gema de ovo e hortícolas + Fruta à colher ou com as mãos
É importante servir os vegetais também no segundo prato, para que o bebé não se habitue a aceitá-los somente na sopa. Podem ser servidos amassados, em pedaços pequenos ou, quando macios, podem ser oferecidos em tiras para o bebé comer com as mãos. 
Antes de deitar Leite materno ou fórmula recomendada pelo médico (esta refeição pode não ser necessária). 
Pode variar as refeições como for mais conveniente. O tipo de Pequeno-Almoço pode variar, por exemplo, com o Lanche da tarde. Já o Almoço pode variar com o Jantar. As combinações e receitas podem e devem variar conforme a imaginação e o tempo permitirem.
Variar a alimentação é também importante para evitar consumir substâncias nocivas em quantidades capazes de prejudicar a saúde (quase todos os alimentos contêm substâncias que fazem mal à saúde se forem consumidas em excesso. São exemplos destas substâncias: pesticidas, antibióticos, mercúrio, hormonas, gorduras más, entre outras. Se o bebê come sempre os mesmos alimentos, poderá consumir determinadas substâncias em quantidades capazes de fazer mal à saúde.
Desde que se inicia a diversificação alimentar até ao momento em que o bebê começa a comer as refeições da família, a alimentação do bebé à colher deve passar de uma consistência semi-líquida ou cremosa, aveludada e sem grumos até chegar a uma consistência mais sólida, com os alimentos em pequenos pedaços ou amassados. Esta evolução é importante para que o bebê aprenda a mastigar e a aceitar as diferentes texturas dos alimentos. Se isso não acontece até aos 10 meses, mais tarde será muito mais difícil. 
Quando a diversificação alimentar se inicia aos 6 meses, os primeiros alimentos oferecidos ao bebê (papa, puré de fruta ou puré de legumes) devem ter uma consistência cremosa, aveludada e sem grumos, para que o bebé não se engasgue e aprenda a engolir a partir da colher. Para alguns pode ser necessário oferecer os alimentos com uma consistência mais líquida durante as primeiras refeições.
Dependendo do desenvolvimento do bebé, por volta dos 6 ou 7 meses, deve começar a oferecer o puré de legumes e o puré de frutas com uma consistência mais grossa, com pequenos grumos.
Entre os 8 e os 9 meses, o bebé já consegue comer os alimentos bem cozidos e amassados ou em pedaços muito pequeninos, menores que uma ervilha. Nesta etapa deve começar a incentivar o bebê a comer sozinho, com uma colher ou com as mãos. Proteja a roupa do bebê e o chão para não se importar com a sujidade. Para além dos alimentos partidos em pedaços bem pequeninos, ofereça ao bebê alimentos que ele possa agarrar com as mãos e levar à boca, como:

  • Tiras de frutas bem macias ou cozidas como manga, pêssego, papaia, maçã cozida e pera 
  • Tiras de legumes cozidos como batata, chuchu, curgete ou cenoura
  • “Árvores” de brócolos cozidos
  • Bolachas simples, tipo Maria ou para bebê, que se dissolvam na boca 
  • Pedaços de queijos macios, como queijo fresco e requeijão feitos com leite pasteurizado. Desde que o médico do bebê permita o consumo de queijos nesta fase. 
Isso é importante para o desenvolvimento da coordenação motora do bebê, para incentivá-lo a comer sozinho e para estimular a mastigação.
Mas lembre-se que o bebê ainda não tem dentes suficientes para mastigar. Estes alimentos devem ser macios para que o bebê consiga desfazê-los com as gengivas ou devem dissolver facilmente na boca, para que o bebê não se engasgue.
Nunca deixe o bebé sozinho enquanto come! Um pedaço de alimento que fique agarrado na garganta do bebê pode sufocá-lo.
Evite habituar o bebê a comer somente bolachas. Esta é a melhor altura para habituá-lo a alimentos mais saudáveis. 
Cada bebê é um bebê. Alguns são mais sensíveis e engasgam-se mais facilmente. Não tenha pressa e respeite o desenvolvimento e o ritmo do bebê para habituá-lo às diferentes consistências e texturas dos alimentos durante a diversificação alimentar. 
Nem sempre é necessário preparar toda a quantidade de papa sugerida na embalagem. Dependendo da quantidade que o bebê come, pode fazer, por exemplo, metade da receita.
Os purés de legumes podem ser preparados com os vegetais cozidos a vapor ou numa panela com uma pequena quantidade de água. Depois devem ser passados com um robot, com uma varinha mágica ou no passe-vite ou, simplesmente, amassados, quando o bebé já estiver desenvolvido o suficiente para isso. No caso dos vegetais cozidos a vapor vai ser necessário acrescentar um pouco da água utilizada para fazer o vapor antes de passá-los ou amassá-los. Antes de servir, acrescente um fio de azeite ao puré.
As frutas podem ser bem amassadas, passadas ou, quando mais rijas, cozidas em uma pequena quantidade de água e reduzidas a puré.
A carne e o peixe podem ser cozinhados juntamente com o puré de legumes, nas quantidades indicadas para cada refeição. A partir dos 8 ou 9 meses, também podem ser cozinhados em água, grelhados, guisados ou estufados para serem oferecidos à parte, como segundo prato. 
Até por volta dos 12 meses, o leite materno ou de substituição ainda será a maior fonte de nutrientes da alimentação do bebê. Os novos alimentos devem ser oferecidos em quantidades que vão aumentar de uma ou duas colheres de sopa a algumas colheres de sopa, de acordo com a aceitação e o apetite do bebê.
Aprenda a reconhecer os sinais de fome e de saciedade do seu bebê e respeite o seu apetite. Se ele decidir largar a mama, parar de beber o biberão ou demonstrar que está satisfeito em qualquer refeição, não insista. Por outro lado, se o bebê demonstrar que quer mais, ofereça mais um pouco.
Só deve haver motivo para preocupação quando o bebê não come de todo, não aumenta de peso de forma consistente ou está a ganhar peso exageradamente. 
O mais importante é seguir o apetite do bebê. Contudo, é necessário ter o cuidado de oferecer porções de alimentos adequadas à sua idade. A quantidade de alimentos oferecida pode influenciar a quantidade que o bebê come.
A necessidade de alimentos por refeição vai variar muito de bebê para bebê, do momento e dos alimentos oferecidos. Não é suposto que o bebê coma uma quantidade determinada ou as mesmas quantidades de alimentos em todas as refeições. O apetite do bebê pode variar de dia para dia e, por volta dos 9 aos 12 meses, pode mesmo acontecer uma redução do seu apetite devido à diminuição do ritmo de crescimento. Utilize as informações abaixo apenas como um guia.
Porções dos alimentos por refeição dos 6 aos 9 meses 

  • Papa de cereais com glúten – 45 a 180 ml 
  • Puré de frutas – 30 a 60 ml 
  • Puré de legumes – 45 a 180 ml 
  • Carne ou peixe – 10g (Triturados com o puré de legumes) 
Observações: 
Cada colher de sopa tem cerca de 15 ml 
Após serem introduzidas as 3 refeições à colher, deve assegurar que o seu bebé consome de 500 a 600 ml de leite por dia. 1 iogurte de 125 g = 150 ml de leite 
Porções dos alimentos por refeição dos 9 aos 12 meses 

  • Papa de cereais com glúten – 90 a 180 ml 
  • Pão – Meia fatia a uma fatia 
  • Bolacha simples – 1 a 2 unidades 
  • Arroz, massinha, batata, batata-doce ou açorda – 1 colher de sopa 
  • Fruta – uma porção do tamanho da mão do bebé fechada 
  • Sopa ou puré de legumes – 90 a 180 ml por refeição 
  • Legumes – 1 colher de sopa 
  • Carne, peixe ou gema de ovo – 15g a 20g de carne ou peixe ou meia (1/2) a 1 gema de ovo 
Observações: 
Cada colher de sopa tem cerca de 15 ml 
É muito importante que o bebé se habitue também a comer vegetais fora da sopa. 
Deve assegurar que o seu bebé consome entre 500 e 600 ml de leite por dia 
1 iogurte de 125 g = 150 ml de leite 
Utilize pratos próprios para crianças ou pratos de sobremesa para servir o segundo prato. Assim, não se tem a noção errada de que o bebê está a comer pouco. 
Um ganho de peso muito rápido durante o primeiro ano de vida pode aumentar a tendência do bebê para ser obeso durante a infância?
Tenha o cuidado para não exagerar na quantidade de alimentos oferecidos ao seu bebê. Procure conhecer e respeitar os seus sinais de fome e de que está satisfeito e siga as orientações para uma alimentação saudável.
Outras recomendações importantes sobre a diversificação alimentar

  1. Não utilize sal, açúcar e mel na alimentação do seu bebé. Os bebés já apreciam naturalmente o paladar doce e o salgado e devem aprender a apreciar os paladares naturais dos alimentos. A utilização de sal na alimentação do bebé tem sido associada à tensão alta na vida adulta e, por isso, recomenda-se que a sua introdução seja feita somente depois de 1 ano de vida. O açúcar favorece o excesso de peso e o aparecimento de cáries dentárias. O mel nesta fase pode só pode ser utilizado se passar por um tratamento especial, que é o caso do mel utilizado pela indústria como ingredientes de papas de cereais e boiões.
  2. Não ofereça sumos, chás ou bebidas adocicadas ao seu bebé. Os bebés já nascem com a preferência pelo paladar doce e esta preferência deve ser contrariada e não incentivada. Muitos bebés habituados desde cedo aos sumos de fruta, mesmo que naturais e sem açúcar, acabam por rejeitar a água e querer sempre sumo. A água deve ser a bebida de eleição para satisfazer a sede. A partir do momento que se inicia a diversificação alimentar deve começar a oferecer água para o seu bebé várias vezes ao dia. Aos 6 meses já deve começar a utilizar um copo de transição para este fim.
  3. Tenha muita atenção aos produtos processados à venda nos supermercados, como as papas e os boiões. Estes podem conter sal, açúcar, conservantes, corantes e outros ingredientes indesejáveis. Nestes produtos são também utilizados alguns substitutos do açúcar que têm efeito semelhante ao do açúcar. É o caso do sumo de uva ou de maçã concentrado e do mel, utilizados para adoçar boiões de fruta. Além disso, as quantidades presentes nos boiões ou recomendadas nas embalagens podem ser exageradas para o seu bebé (Prefira, sempre que possível, as refeições preparadas em casa. Se o tempo para preparar as refeições for pouco, pode optar por hortícolas congelados ou já limpos e preparados. Pode também congelar diversas porções dos purés de legumes que preparar em casa. (Utilize os boiões somente em casos de necessidade, escolhendo os produtos com melhor composição). 
  4. Se o bebê já está na creche ou aos cuidados de outra pessoa durante o dia, certifique-se de que as orientações para uma diversificação alimentar saudável estão a ser cumpridas. Procure fazer uma adaptação das ementas para que a alimentação do seu bebé não fique repetitiva e seja o mais saudável e variada possível.
  5. Ficam para depois de 1 ano de idade ou a critério médico: 

  • Clara do ovo (pode ser aconselhada a partir dos 11 meses e pode adiada para os 24 meses em caso de bebê alérgico); 
  • Leite de vaca; 
  • Leguminosas, como feijões, lentilhas, soja, grão, favas e ervilhas (podem ser aconselhadas entre os 9 e os 11 meses); 
  • Espinafre, nabo, nabiça, aipo tomate, beterraba e couve roxa. 
  • Amora, kiwi, maracujá e morango; 
  • Mariscos, 
  • Carne de porco, 
  • Laticínios, como iogurtes e queijos (o iogurte e o queijo fresco ou o requeijão feitos com leite pasteurizado podem ser aconselhados a partir dos 9 meses). 
  • Os frutos secos, como nozes, amêndoas, amendoins, pinhões, cajus, avelãs e passas e as pipocas, só devem ser oferecidos às crianças a partir dos 4 anos de idade, pois podem ser aspirados ou provocar engasgamentos graves. Até esta idade os caramelos e rebuçados podem ser igualmente perigosos.
Regras de ouro da diversificação alimentar

  1. Inicie a diversificação alimentar o mais próximo possível dos 6 meses e nunca antes dos 4 meses.
  2. Evite dar sumos ou bebidas adocicadas ao  bebê.
  3. Não utilize sal, açúcar e mel na alimentação do bebê.
  4. Procure apresentar ao bebê uma grande variedade de alimentos saudáveis, com diferentes consistências e texturas, até aos 12 meses.
  5. Tenha persistência. Por vezes é preciso que o bebê prove um alimento 10 ou mais vezes em ocasiões diferentes para passar a aceitá-lo.
  6. Deixe que o bebê veja, cheire e toque nos alimentos e participe de forma ativa nas refeições.
  7. Incentive calmamente o bebê a provar os alimentos mas nunca o pressione a comê-los.
  8. Aprenda a reconhecer e respeite os sinais de fome e saciedade do bebê.
  9. Ofereça porções adequadas à idade do bebê.
  10. Comece a habituar o bebê a uma rotina de refeições
  11. Cuide para que as refeições sejam momentos agradáveis de convívio e aprendizagem, sem distrações como a televisão.
  12. Não ofereça alimentos como gratificação por bom comportamento, para confortar o bebê, ou para conseguir que o bebê faça algo em troca.
  13. Por fim, seja um bom exemplo! (O que os pais fazem é para a criança o exemplo a copiar. Os pais e outros cuidadores devem ser um bom modelo para incentivar hábitos saudáveis). 
Por volta dos 12 a 15 meses é comum que as crianças comecem a manifestar a chamada “neofobia”, que é a aversão a novos alimentos. Por isso, é importante familiarizar o bebê com uma grande variedade de alimentos saudáveis até aos 12 meses de idade. Nesta etapa, dos 6 aos 12 meses, o apetite do bebê é bastante favorável, uma vez que o bebê está em intenso crescimento.
Varie ao máximo as opções de frutas, hortícolas, carnes e peixes que oferece ao bebê, sempre de acordo com as orientações para a introdução de novos alimentos.
Procure ainda apresentar os alimentos em diferentes combinações, consistências e texturas, respeitando o desenvolvimento do bebê. Por volta dos 6 ou 7 meses os purés de legumes e frutas já podem ser mais grossos e conter pequenos grumos. Entre os 8 e os 9 meses o bebê já podem comer os alimentos bem cozidos, em pequenos pedaços ou amassados. Se habituá-lo a comer tudo passado, depois dos 10 meses será muito mais difícil. 
Tenha persistência. Por vezes é preciso que o bebe prove um alimento 10 ou mais vezes em ocasiões diferentes para passar a aceitá-lo. O paladar educa-se e é comum que as crianças necessitem provar um alimento várias vezes antes de aceitá-lo. Fazer caretas e colocar para fora os alimentos é natural durante as primeiras refeições em que a criança ainda está a aprender a comer à colher e sente os alimentos pela primeira vez. Estes nem sempre são sinais de que o bebê não gosta do alimento.
Os pais e outros adultos muitas vezes se deixam influenciar por estas situações ou pelas suas próprias preferências e aversões e acabam por desistir de oferecer ao bebê determinados alimentos, principalmente alguns vegetais. Se deixarem passar esta oportunidade, mais tarde será muito mais difícil.
Também é comum que alguns alimentos sejam rejeitados pela criança quando estão doentes ou mesmo após uma doença. Respeite o momento do bebê. Mais tarde pode ser necessário habituá-lo a estes alimentos novamente. 
Deixe que o bebe veja, cheire e toque nos alimentos e participe de forma ativa nas refeições. A preferência por determinados alimentos não é apenas uma questão de gosto. O bebê é também influenciado por aquilo que vê, pelo cheiro e textura que sente e pelas experiências e desafios que tem. Permitir ao bebê que veja, cheire e toque nos alimentos e participe de uma forma mais ativa nas refeições, com as mãos e com a sua própria colher, vai ajudá-lo a apreciar os alimentos e as refeições e a tornar-se mais independente na hora de comer. 
Não é momento para se importar com a sujidade. Utilize um babete para proteger a roupa, um pano ou individual para proteger a mesa, um plástico ou jornal para proteger o chão e deixe-o experimentar! A maioria d só conseguirá utilizar uma colher com mais coordenação por volta dos 18 meses. Quanto mais o bebê puder praticar nesta fase, mais cedo será independente e dará menos trabalho na hora de comer. 
Incentive calmamente o bebê a provar os alimentos mas nunca o pressione a comê-los (pressionar o bebê para que coma determinados alimentos, seja com distrações, raspanetes, ou oferecendo algo em troca, como bolachas e sobremesas, é uma estratégia que só funciona naquele momento. Na verdade, este tipo de atitude aumenta a rejeição da criança pelo alimento que foi pressionada a comer e aumenta o desejo pelo alimento que recebeu em troca, normalmente menos saudável.
A melhor forma de incentivar o seu bebê a experimentar os alimentos é o seu exemplo, ou seja, mostrar que os aprecia e que estes fazem parte da sua própria alimentação. O ambiente das refeições também contribui bastante. É muito provável que o seu bebê esteja mais disponível para experimentar os alimentos se as refeições forem momentos agradáveis de convívio e aprendizagem. 
Aprenda a reconhecer e respeite os sinais de fome e saciedade do bebé.
Os bebês nascem com capacidade de regular aquilo que devem consumir de acordo com as suas necessidades. Ao pressionar os bebês para que comam mais um pouco ou até mesmo “limpem o prato” os pais e outros cuidadores prejudicam esta capacidade do bebê.
Nos dias de hoje, em que as crianças estão constantemente diante de alimentos e guloseimas, ter esta capacidade de parar de comer quando estão satisfeitas é muito importante para a prevenção da obesidade infantil.
Todas as crianças têm refeições e dias em que comem bem e outras em que recusam tudo porque, naturalmente, não têm apetite. Se o seu bebé demonstrar que está satisfeito, não insista.
Os bebêss demonstram de diversas formas que estão satisfeitos ou necessitam de uma pausa nas refeições. São sinais comuns nesta fase:

  • Chorar, choramingar ou refilar; virar a cara ou afastar-se da colher; 
  • Distrair-se da refeição e dos alimentos; 
  • Cuspir a comida (embora, nas primeiras refeições isso possa acontecer simplesmente porque o bebê ainda não consegue engolir a partir da colher).
Por outro lado, é importante também reconhecer e atender aos sinais de fome do bebê. São sinais de fome comuns nesta fase:

  • Chorar, choramingar ou refilar; 
  • Mostrar interesse pela comida; 
  • Abrir a boca quando vê a colher; 
  • Esticar o corpo em direção à comida ou à colher.
Lembre-se que chorar e choramingar nem sempre é sinal de fome. Não se esqueça de que o bebê tem também outras necessidades:

  • Atenção;
  • Descanso; 
  • Cuidados de higiene, etc. Oferecer um alimento não deve ser sempre a primeira alternativa diante do choro do bebê. 
Procure reconhecer e atender aos sinais do bebê! Isso fará dele uma criança mais segura, calma, cooperante e feliz! 
Comece a habituar o bebé a uma rotina de refeições. Aos poucos o bebê deve passar de um esquema de alimentação livre, em que mama sempre que demonstra vontade, para um esquema de refeições organizadas. Por isso, durante a diversificação alimentar, deve começar a habituá-lo a uma rotina de 5 a 6 refeições, até que possa entrar na rotina da própria família.
Evite oferecer alimentos ao bebê fora das refeições, para não prejudicar o seu apetite às refeições e para não ganhar o hábito de petiscar. 
Cuide para que as refeições sejam momentos agradáveis de convívio e aprendizagem, sem distrações como a televisão. Para que os bebês aprendam a gostar dos alimentos e das refeições, as refeições devem ser momentos agradáveis e desejados, nos quais têm a atenção e o afeto dos pais, têm respostas às suas necessidades e podem participar ativamente. Assim, as refeições são oportunidades de convívio, interação e descoberta e não apenas a hora de comer. Durante as refeições, siga a Regra dos 3 S: Sentados, Sossegados e Sociáveis. Sente-se com o bebê de forma a verem-se olhos nos olhos. Garanta um ambiente tranquilo, sem distrações como brinquedos, o telefone e a televisão. Converse com ele, nem sempre sobre a comida. Faça elogios, demonstre o quanto aprecia este momento e tenha atenção aos seus sinais. Respeite o ritmo do bebê e aguarde até que esteja pronto para a próxima colherada. Incentive-o a comer sozinho, com as mãos ou com a sua própria colher. As pressões e os raspanetes para que coma são totalmente desaconselhados. 
A alimentação e os alimentos estão culturalmente ligados ao afeto. Alimentar a criança para que ela cresça forte e saudável é uma das maiores missões dos pais. No entanto, diante do grande aumento do número de casos de obesidade, é necessário ter o cuidado para que a criança não aprenda desde muito pequenina a comer por diversos motivos que não a fome e a necessidade de se alimentar.
Em primeiro lugar, os alimentos, recebidos como gratificação por bom comportamento ou como conforto em momentos de dor, tristeza ou irritação são normalmente guloseimas. Nestas situações, ganham um valor especial e tornam-se, muitas vezes, os preferidos e mais desejados da criança. Além disso, este tipo de atitude pode ainda contribuir para que a criança se habitue a comer para aliviar momentos de tristeza e frustração e para comemorar os seus sucessos.
Uma brincadeira, um beijo ou um abraço são apenas algumas das muitas alternativas que pode encontrar para estes fins. 
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2- Entrou para Creche
3- Os dentes estão começando a surgir

2Recebeu o Sacramento do Batismo